A Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Alkindar Brasil Arouca, em Guajará-Mirim, em Rondônia, que esteve sucateada por anos, recebeu investimento do governo, através da Secretaria de Educação (Seduc), na ordem de R$ 3,6 milhões em reforma e ampliação.
A festa de inauguração das obras foi terça-feira (10), com direito a pátio lotado de expectadores, a maioria moradores do bairro 10 de Abril, onde está localizada a escola, que agora conta com infraestrutura moderna para o melhor atendimento dos cerca de mil alunos já matriculados para o ano letivo de 2012. A entrega da escola à comunidade foi uma das atividades em comemoração ao aniversário de 83 anos de fundação de Guajará-Mirim, a Pérola do Mamoré. Várias autoridades locais e estaduais participaram da solenidade.
A escola passou por uma reforma geral e houve a construção de novos blocos com salas para ateliê de artes, laboratórios de geografia e história, estúdios de música e rádio, laboratórios de matemática, letramento e língua estrangeira, depósitos de fanfarra e instrumentos de corda. A obra constava do Projeto de Revitalização de Guajará-Mirim e Nova Mamoré, lançado pelo governo no ano passado, e estava inserida no Projeto Guaporé, um dos subprogramas do Plano Futuro, que oferece educação em tempo integral.
Segundo o governador Confúcio Moura, Guajará-Mirim foi esquecida por sucessivos governos. “Com uma área territorial de reservas ambientais que chega a 93%, o município sofre severas restrições para o setor produtivo e precisa de novas alternativas econômicas. Uma delas é tornar Guajará-Mirim em ‘cidade educativa’”, indicou.
Além do ensino regular nas séries finais do ensino fundamental, a Escola Alkindar Brasil Arouca, que em 2012 completa 30 anos, também oferta o ensino técnico em agroecologia e em hospedagem, ambos integrados ao nível médio.
O secretário de Educação, Júlio Olivar, disse que o projeto pedagógico da escola baseia-se em um novo conceito de ensino e contempla não somente a educação tradicional, mas também o desenvolvimento artístico, cultural e esportivo dos estudantes. “Queremos formar cidadãos com espírito crítico, sensíveis às dificuldades dos seus semelhantes e capazes de fazer análises e reflexões acerca dos estudos e, sobretudo, da vida”, enfatizou.
Para o secretário, o prédio bonito ajuda, torna a escola mais atraente, mas o mais importante é garantir a educação de qualidade. “E isso só se faz com a parceria de todos os funcionários da escola, desde a merendeira, o pessoal da limpeza, até chegar à equipe de professores, supervisores, orientadores e diretores.”
Olivar pontuou os avanços efetivados na educação, visando melhorar o ensino público, e informou que, por ordem do governador, em breve, Guajará-Mirim será contemplada com ações do Projeto de Ampliação e Modernização da Infraestrutura da Educação, que vai utilizar recursos do Pidise (Plano Integrado de Desenvolvimento e Inclusão Socioeconômica do Estado de Rondônia).
Entre outras obras, estão previstas para o município a construção de uma escola do campo no distrito do Iata; a construção de uma escola na Casa de Detenção para atender na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA); e a construção de três escolas indígenas na Terra Indígena Pacaás Novos, sendo uma no Posto Indígena (PIN) Tanajura, um no PIN São Luiz e outra no PIN Ricardo Franco.
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